Olhem!
No olho do furacão
Fujam!
Fumaça sobe pelos ares
Nos arredores da catástrofe
A nuvem que nos consumiu
Sigam!
Os trilhos marcam um caminho
Caminharemos pela Terra
Enterraremos nossas crenças
Num mundo que já sucumbiu
Grande Migrânea (pelo céu)
Meu passado e destino ela corrói
No deserto em que me arrasto
Latejando, minha cabeça dói
Vejam!
Deixamos rastros pelo céu
Celebraremos a partida
Partilharemos nossas dores
Mas cicatrizes ficarão
Grande Migrânea (pelo céu)
Meu passado e destino ela corrói
No deserto em que me arrasto
Latejando, minha cabeça dói
O mundo fica para trás
Imensa escuridão
Se existe ainda alguns de nós
Por onde eles navegam
À frente o tempo se desfaz
O espaço se desdobra
E as curvas viram retas
Vertigem e manobras
Agora resta esperar
Eterno Oceano
Se esvai em órbita solar
A glória dos humanos
Escorrem meses sem parar
E o que nós conseguimos
Será que toda flecha
Atinge seu destino
Envolto pela sombra
Elísio protegido pelo abismo ancestral
Gelo no horizonte
O que estará oculto sob o solo glacial
O manto branco se aproxima
Aqui o ar não se respira
Sob o gelo
Alma Vil
Prisioneiros
Terra Hostil
Cidades esculpidas
O que estará oculto nos mares abissais
Dúvidas emergem
Quem foram os primeiros e os últimos mortais
A ira crescem agonia
Soldados postos em vigília
Sob o gelo
Alma Vil
Prisioneiros
Terra Hostil
Restos (restos), Somente restos (restos)
Como é possível viajar pelo universo
Mas traz, traz gente demais
Como saber do que aquilo é capaz
Quem trai os costumes
Fale por si
Não sai impune
Há regras aqui
Caem (caem), as crenças caem (caem)
Como esquecer o que deixamos para trás
Mas vão, vão tarde demais
Que fujam desesperados como animais
Quem trai os costumes
Fale por si
Não sai impune
Há regras aqui
Aniquilação as cinzas e ao pó
Quem irá gritar, como sufocar todos nós
Voz, uma voz
De uma terra sem lei
Olhe ao redor
O que isso nos fez
Retribuição aos homens sem fé
Quem irá queimar, ver o fogo arder outra vez
Só um algoz
Que insiste em ser rei
Olhe ao redor
Que bem isso nos fez
Qual é o preço da revolta , vale a vida de alguém
Quem irá matar, Quem irá morrer
Quem vai sucumbir, Quem vai perecer
Guerras não acabam com a dor
Só nos fazem ver
Como os cegos a olhar o Sol
Lutam à procura de um farol
Mas não podem ver
São os cegos a olhar o Sol
Sacrifícios à Glória e ao Poder
Nada foi em vão, nunca voltarão a temer
Voz, uma voz
De uma terra sem elei
Olhe ao redor
O que isso nos fez
Mensageiros, o caos vai crescer
Deixe agonizar, deixe tudo aqui perecer
Só um algoz
Que insiste em ser lei
Olhe ao redor
Que bem isso nos fez
Qual é o preço da revolta , vale a vida de alguém
Quem irá matar, Quem irá morrer
Quem vai sucumbir, Quem vai perecer
Guerras não acabam com a dor
Só nos fazem ver
Como os cegos a olhar o Sol
Lutam à procura de um farol
Mas não podem ver
São os cegos a olhar o Sol
Visões do tempo
As cenas ao inverso
Prisões de vidro
No templo submerso
Ciência arcana
Um corpo envelhecido
Tecnocracia
Segredos esquecidos
Nas profundezas do abismo
Questoes a responder
Um plano adormecido
As sutilezas do poder
Precognitivos
Palavras sem sentido
Finais cinzentos
A beira do abismo
Cronomancia
O novo engole o velho
Na grande farsa
Verdade sob o véu
Nas profundezas do abismo
Questoes a responder
Um plano adormecido
As sutilezas do poder
Espaço
Sem fim
Mundos à conquistar
Mas acabamos aqui
Entre a escuridão
Cães do inferno
Filhos da guerra
Vidas que estão no fim
Fogo e cinzas
Tudo termina aqui
Logo, as sondas voltarão
Cruzam os céus da eterna escuridão
Novas, as chamas brilharão
Chega ao fim a provação
Io
Enfim
Mundos à retornar
Mas acabamos aqui
Entre a escuridão
Cães do inferno
Filhos da guerra
Vidas que estão no fim
Colônia cratera
Todos estão aqui
Sem poder alcançar um sinal
Ondas estranhas se movem pelo caos
Coordenadas, paralelas sem fim
Pontos perdidos num plano colossal
Como as voltas na grande espiral
Moldam as eras do breu infinito
Regras e leis, padrões anormais
São as chaves de uma prisão
Até os limites das fundações
Como fomos nos enganar
Quais as barreiras que o tempo desfaz
Qual o mito da criação
Deslocados, distorcendo os finais
Campos inversos colidem entre si
Simetrias, dimensões temporais
Novas elipses se formam, desiguais
Como as voltas na grande espiral
Moldam as eras do breu infinito
Regras e leis, padrões anormais
São as chaves de uma prisão
Até os limites das fundações
Como fomos nos enganar
Quais as barreiras que o tempo desfaz
Qual o mito da criação
Fendas do cosmos a desbravar
Mas tudo irá voltar ao nada
Presos nas mesmas batalhas
Cinzas da Terra
caem sem volta
Mil paralaxes
cruzam os céus em chamas
Ecos sem trazer respostas
Linhas e curvas de Luz
Olho cansado pro nada
Tantos sinais de alerta
Vozes de estrelas já mortas
Não mais importam distâncias
Cinzas da Terra
caem sem volta
Mil paralaxes
cruzam os céus em chamas
Ecos sem trazer respostas
Linhas e curvas de Luz
Olho cansado pro nada